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Ativos biotecnológicos para o controle biológico de pragas e doenças

A revista Globo Rural apresentou em sua seção de Sustentabilidade um artigo abordando o crescente interesse por microrganismos de aplicação agrícola com edições específicas no Brasil.

 

Imagem produzida por inteligência artificial.

 

Segundo o artigo, o Brasil está no caminho para se tornar o líder global no mercado de insumos biológicos na agricultura. Até 2030, esse setor movimentará anualmente R$ 17 bilhões no país, de acordo com a CropLife Brasil, associação que representa a indústria de defensivos agrícolas. Gradualmente, essa expansão está sendo impulsionada por uma nova geração de bioinsumos, os quais se fundamentam na manipulação genética e aprimoramento de microrganismos presentes nos produtos utilizados para conferir benefícios específicos no controle de pragas e doenças nas lavouras, nutrição e promoção de crescimento vegetal.

 

A reportagem também contextualiza que, embora já existam tecnologias já autorizadas pela CTNBio para estes fins, ainda não há produtos biológicos geneticamente modificados deste tipo sendo utilizados comercialmente em campo no Brasil. Até o momento, seu uso tem sido restrito a experimentação em condições controladas, um estágio de testes das tecnologias em estufa, ou mesmo em campo, para entender a performance dos produtos previamente a um lançamento comercial. Estes microrganismos também tem o potencial para sem empregados em instalações de fermentação industrial para a produção de insumos, como proteínas, enzimas e metabólitos diversos, que posteriormente serão empregadas na agricultura ou indústria, sem a presença dos organismos nos produtos finais.

 

“A nova realidade de mercado não vai acabar com a produção ‘on farm’ de bioinsumos para agricultura, mas essa atividade vai se restringir às cepas de conhecimento público, sem tecnologia agregada”, disse Ronaldo Dalio, CEO da Ideelab.

 

O ponto central, de acordo com Ronaldo, é na utilização das substâncias geradas por essas bactérias e fungos para se atingir o benefício de biocontrole e/ou promoção de crescimento de plantas. Como estes novos produtos não necessitam mais dos microrganismos vivos nas formulações, isso permite que as empresas ofereçam um produto com uma durabilidade prolongada de prateleiras no mercado – outro avanço importante nessa trajetória de desenvolvimento.

 

“São produtos que já nascem com mais de dois anos de validade, sem necessidade de cadeia fria, mas esse não é o único, e nem o maior benefício”, observa o executivo. Ele destaca também que a nova geração de biológicos tem maior compatibilidade com as complexas misturas de tanque de aplicação empregadas em diferentes culturas, incluindo produtos químicos que hoje são incompatíveis em associação com biológicos, e também uma maior flexibilidade regulatória, pois podem entrar na rota de registro de biológicos. “Parcerias com empresas de alta tecnologia são um elemento chave para garantir a viabilidade comercial destes novos desenvolvimentos”, complementa Ronaldo. Um exemplo disso é a parceria com a Ginkgo Bioworks, uma empresa norte-americana especializada em biologia sintética, que contribuirá para acelerar o desenvolvimento dos novos produtos baseados em metabólicos e peptídeos/proteínas do portifólio Ideelab. Em contrapartida, Ginkgo Bioworks ganha um parceiro local que acelera os projetos da empresa no Brasil numa visão fim-a-fim, com o aporte de capacidade de ensaios, produção de lotes piloto e, posteriormente, produção em escala industrial das tecnologias para os clientes.      

 

Deseja saber mais detalhes? Clique aqui e acesse a matéria na íntegra.

 GLOBO RURAL. O interesse por microrganismos com mutações pontuais tem crescido no país. Disponível em: https://globorural.globo.com/sustentabilidade/noticia/2024/05/edicao-genetica-vira-alternativa-para-controle-biologico-de-pragas-e-doencas.ghtml Acesso em: 25 mai. 2024.

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